
Acontece nesta quinta-feira (19), às 18h, no Centro de Cultura de ACM, a eleição para a Diretoria Executiva do Conselho Municipal de Cultura de Jequié, ocasião que os 16 membros do colegiado escolherão o perfil da gestão da entidade.
Duas chapas concorrem no pleito: a Chapa 1 formada por lídimos representatantes da sociedade civil organizada de Jequié, intrisícamentes envolvidos com a cultura, a arte e a educação no nosso município e a Chapa 2, formada em sua maioria por membros ligados à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, inclusive com vínculos empregatícios.
Ora apresentamos os propósitos devendidos pela Chapa 1:
CHAPA 1
POR UMA GESTÃO COLEGIADA
“Quem escolhe o caminho da luta e do labor não pode dar a si mesmo o prazer do descanso.”
John Ewirng.
A ARTE, A CULTURA. OS ARTISTAS E O CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA.
Os artistas de Jequié têm no Conselho Municipal de Cultura a sua representação máxima. O mesmo, independente da composição dos integrantes de sua executiva, deverá ser o porta-voz da classe artística jequieense na defesa de uma política artístico-cultural que contemple todas as linguagens artísticas – o teatro, a música, a dança, as artes visuais, a literatura, dentre outras; que preserve valores históricos e sociais; que valorize os bens da arte e da cultura em prol do homem, da educação e da cidadania plena; que defenda, intransigentemente, o artista em seu processo criativo num contexto de liberdade de pensamento, de expressão e ideias, bem como, o valor do produto de sua criação, haja vista que muitos têm nela a sua principal fonte de renda.
Um novo Conselho Municipal de Cultura é constituído e uma nova executiva será eleita. A composição da nossa chapa para concorrer à próxima eleição, foi feita via um processo de discussão, de análise e de questionamentos da realidade que ora vivenciamos no tocante às políticas públicas voltadas para a cultura e para a arte. E, somado a isso, o respeito às decisões tomadas coletivamente.
Sabemos que divergências e contraposições no campo das relações pessoais e profissionais no nosso meio artístico existem e não são poucas; e não começaram ontem. Outrossim, a nossa proposta é conduzir um Conselho Municipal de Cultura representativo, crítico, independente, ético e vigilante nas questões da aplicação dos recursos públicos para o nosso desenvolvimento cultural.
Todos têm consciência que, infelizmente, em Jequié, continua a velha prática de se deslocar a maior parte dos recursos do orçamento municipal da cultura para os festejos juninos, em detrimento de um maior investimento em outras ações culturais, de igual importância que estes festejos, isso, sem levar em conta o orçamento mínimo para esta área, aprovado anualmente pelo Poder Legislativo.
Optamos, evidentemente, por não agregar em nossa chapa nenhum membro que pertença à administração municipal - apesar de estarmos conscientes que o Regimento do Conselho não faz nenhuma restrição quanto a isso -, por entendermos que a representação do Conselho deve conduzir os trabalhos na defesa da classe artística com toda a liberdade e o exercício da consciência crítica e questionadora.
Constatamos pelo transcurso da história das composições anteriores do Conselho Municipal de Cultura que membros da executiva não podem ficar à vontade (completamente livres) para tecer críticas a gestão do Poder Executivo ante aos problemas existentes na cultura em Jequié, bem como exigir o devido respeito aos artistas, se estes têm algum vínculo empregatício, de qualquer ordem, com a administração municipal. O episódio ocorrido com o diretor teatral Thiago Barbosa, que montou a peça de De volta aos anos 50, ilustra bem os fatos.
Diante do exposto, nossa chapa, para o biênio 2010/2012, dentre outras metas, propõe:
1 – implementar ações no campo da cultura e da arte para o apoio e a valorização dos artistas jequieenses;
2- fiscalizar as ações do Poder Executivo no tocante à política pública para a cultura;
3 - promover fóruns de debates com os artistas e demais integrantes da sociedade jequieense visando o desenvolvimento cultural;
4 - realizar seminários de avaliação das funções dos espaços artísticos existentes em Jequié;
5 – promover intercâmbios com órgãos de outras esferas de governo para a ação de um trabalho integrado no campo da cultura, da educação e da arte;
6 - intensificar uma maior divulgação do Dia Municipal da Cultura, o primeiro sábado de dezembro de cada ano;
7 – convocar a classe artística para que, durante a discussão e a votação do orçamento do município, ela possa opinar e reivindicar mais verbas para a cultura;
8 – reivindicar da administração municipal o espaço próprio do Conselho de Cultura, para que o mesmo possa viabilizar as suas ações em defesa da classe artística;
9 - articular com os diversos grupos de arte de Jequié movimentos e manifestações em defesa da poesia, do teatro, da música, da dança, das artes visuais, da literatura, do artesanato, do cinema, dentre outras linguagens;
10 - estabelecer um canal de diálogo com os órgãos da imprensa jequieense e com os demais Conselhos existentes no município para discussões em torno de uma política cultural dinâmica;
11 - propor ações articuladas com a SECUT/BA, SECUT/Jequié para o resgate da cultura popular;
12 – respeitar o Regimento do Conselho num contexto de discussões participativas e democráticas com toda a classe artística – gestão colegiada.
E, para Jean Paul Sartre,
“Todo homem é condenado a ser livre e é responsável pelos seus atos...”
CHAPA 1
POR UMA GESTÃO COLEGIADA
Julio Fagundes - Presidente
Wellington Nery – Vice Presidente
José Ronaldo de Araújo – Secretário Geral
Tiago Henrique - Tesoureiro
Jorge Barros – Diretor de Eventos
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