
O pedido de demissão, via carta, do secretário municipal de Cultura e Turismo, Benedito Freire Sena, "Bené", entregue ao secretário Evandro Lopes, do gabinete do prefeito, no final da tarde desta quarta-feira (2), não fora tomada como novidade pela sociedade jequieense que já ouvia em suas esquinas mais politizadas o burburinho de tal atitude desde a mal fadada "prestação de contas" do mesmo em relação ao São João 2010. Segundo os bastidores políticos locais, Bené Sena vinha sendo “fritado” desde então e com isso, perdeu espaço e prestígio junto ao executivo municipal.
Para seu lugar, segundo fontes fidedignas, o prefeito Luiz Amaral designou interinamente o acúmulo da pasta de Cultura e Turismo, ao secretário de Esportes e Lazer, Robério Chaves, que já mobilizou o Conselho Municipal de Cultura, via convocatória de reunião extraordinária de seu presidente, conselheiro José Luiz Souza de Jesus, para as 19h da próxima terça-feira (7), no Centro de Cultura de Jequié.
Bené Sena em sua carta de demissão teria explicitado uma suposta prestação de contas da secretaria feita ao Conselho Municipal de Cultura, o que de fato não aconteceu. Ocorrera sim, em novembro, uma reunião por nós (Wellington Nery) solicitada via ofício, na condição de conselheiro representante da imprensa, com a presença do secretário e de diretores da pasta com os membros do Conselho, onde os mesmos apresentaram um ofício assinado pelo diretor municipal de Gestão Cultural, Programas e Projetos, Alysson Andrade, endereçado ao presidente, com cópia para os demais conselheiros, onde era brevemente relatada ações da SECULT/Jequié em tom de desabafo.
Na mesma oportunidade, Bené Sena e Alysson Andrade, intercalados em apartes feitos pelo diretor de Turismo, Ricardo Fereira, pontuaram alguns casos, que segundo os mesmos estavam nas "ruas da cidade", a exemplo da aquisição e manuntenção de bandeirolas para o São João 2010, afirmando estarem tudo certo, conforme estabelece a lei e que os atrasos de pagamentos de serviços prestados e de fornecedores de materiais da pasta de cultura, bem como de Editais de Cultura, não era da responsabilidade dos gestores atuais, e sim de entraves burocráticos e políticos das demais pastas, citando enfaticamente as secretarias da Fazenda, Administração e sobretudo, a Controladoria.
Na ocasião, os mesmos demonstraram insatisfação quanto aos recentes cortes de pessoal feitos na secretaria, afirmando a inviabilidade da sequência dos trabalhos. Lembro-me de após pontuar algumas insatisfações e dar sugestões ao secretário Bené Sena ter indagado-o por que ante a tamanho descontetamento ali manifestado pelo mesmo e por seus diretores, ele não pedira demissão da pasta. Sua resposta: por ter compromissos com a classe artística.
Na mesma reunião, os conselheiros presentes solicitaram a apresentação de documentação do que fora relatado, bem como, documentos de uma prestação de contas formal para uma análise da situação da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, e posteriormente, serem tomadas as providências cabíveis. O secretário Bené Sena ficou de entregar tais documentos até o final desta semana. O que não aconteceu dado seu pedido de demissão.
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