sexta-feira, 26 de março de 2010
COORDENADORA DO CURSO DE MEDICINA DEMONSTRA, EM DEBATE NA CÂMARA, QUE O PROJETO DA UESB É UMA REALIDADE
Em sessão especial instalada após a sessão ordinária desta quinta-feira (25), requerida pelo vereador Cláudio Roberto Pina, e dirigida pelo presidente Ednael Almeida que vem sempre abraçando os pleitos da sociedade em seu mandato, colocando o plenário da Câmara de Vereadores como o principal palco de diálogo das demandas sociais de Jequié, foi debatida a alegada falta de infraestrutura do curso de medicina da UESB com a os alunos da primeira e segunda turmas do curso, estudantes de várias áreas, além de professores do campus de Jequié e representantes da sociedade civil.
Oradores de várias tendências e opiniões usaram a tribuna da Casa de Leis, os vereadores José Wanderley, Eliezer Fiin e João Cunha participaram ativamente da sessão especial ao manifestarem seu pensamento acerca da temática. A maioria fazia coro com os estudantes, reiterando a falta de estrutura da UESB como um todo. A aluna Caiane Hanuccha, representante dos discentes de medicina, fez minuciosa análise, sob a ótica dos seus colegas, do funcionamento do campus da UESB, das carências do curso e da frustração sentida diante da realidade encontrada em Jequié depois das emoções de ter passado em tão concorrido exame vestibular.
O Reitor da Universidade do Sudoeste da Bahia, Prof. DSc. Abel Rebouças São José, embora tenha confirmado presença, não compareceu em função de atraso no deslocamento de Salvador para Jequié. Coube à coordenadora do curso de medicina, profa. MSc. Ivône Gonçalves Nery, o relato de todas as etapas vencidas, desde a concepção do projeto político-pedagógico à criação do curso pelo governador Jaques Wagner, passando pela extrema importância das ações dos deputados que representam o município, considerados ironicamente pelas faixas dos estudantes, de “pais do curso”. Ações que, juntamente com a mobilização da sociedade, permitiram que o curso de medicina fosse criado para amparar esses mesmos alunos que hoje o criticam de maneira tão acerba.
Em eloqüente discurso, a profa. Ivône Nery expôs com detalhes os equívocos do movimento dos estudantes, embora admita que existam algumas deficiências, próprias das atividades de uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Em seu pronunciamento, desconstruiu, um a um, os argumentos utilizados pelos líderes do movimento estudantil, lembrando que a alegada falta de professores, que, segundo a profa. Ivône, com exceção do módulo Medicina Social e Clínica II, do segundo semestre, por não ter havido inscritos no concurso aberto. No mais a carência não se configura até o presente momento, uma vez que as disciplinas estão sendo ministradas normalmente, por 17 professores, sendo 3 pós doutores, 3 doutores, 4 mestres e 7 especialistas, dos quais 5 são médicos.
A profa. Ivône afirmou também que os laboratórios exigidos tão veementemente pelos alunos é um mito, uma vez que eles existem, são os mesmo laboratórios que atendem aos cursos de enfermagem, fisioterapia, dentre outros. Ademais só lá pelo 5º semestre equipamentos mais específicos, já em processo de aquisição, serão necessários. Falou ainda que também é um mito a reivindicação do Hospital Universitário uma vez que segundo o o Ministério da Saúde e o MEC, estão revendo aas portarias dos hospitais universitários para hospitais de ensino que priorizem na formação médica as quatro especialidades básicas, ou seja: clínica médica, pediátrica, cirúrgica, e ginecologia/obstetrícia, de há muito disponibilizadas no Hospital Geral Prado Valladares.
Concluindo a enfermeira-professora da UESB afirmou que o atual reitor da UESB muito contribuiu para o sucesso alcançado pela Universidade, inclusive pela conquista do sonhado curso de medicina, nascido a partir da excelência conquistada pelo Departamento de Saúde da UESB. Finalizou citando o educador Paulo Freire: “As dificuldades são apaixonantes”. Daí a sua proposta da busca pela consolidação da estrutura deste curso de forma apaixonada por todos os segmentos da sociedade e das áreas acadêmicas envolvidas.
Fonte: DIRECOM CMJ.
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